quarta-feira, 17 de maio de 2017

Às minhas amigas negras


Feminismo intersecional é uma definição dada pela professora norte-americana Kimberlé Crenshaw. O conceito já existia, mas ela nomeou-o. A definição segundo seu livro é:


A visão de que as mulheres experimentam a opressão em configurações variadas e em diferentes graus de intensidade. Padrões culturais de opressão não só estão interligados, mas também estão unidos e influenciados pelos sistemas intersecionais da sociedade. Exemplos disso incluem: raça, gênero, classe, capacidades físicas/mentais e etnia.



O filme Hidden Figures, ou Estrelas Além do Tempo aqui no Brasil, trata exatamente desse tema. O roteiro (história real) é baseado na vida de três mulheres negras trabalhando na NASA em 1961, quando os EUA ainda lutava com a segregação racial. Elas são peças chave na equipe científica responsável pelo Programa Espacial e o filme mostra a dificuldade em se fazer respeitar e provar seu valor.



Nesse ponto entra o feminismo intersecional: sabemos que a mulher geralmente tem que trabalhar o dobro para ser reconhecida nas áreas supostamente dominadas pelos homens, (como ciências e tecnologia), imagine o dobro dessa dificuldade se essa mulher for negra.

O filme mostra, com muita leveza e sinceridade, essa interação das mulheres negras num ambiente 95% branco e machista. Ficou claro que a mulher branca também pode ser instrumento de opressão sobre a negra, em nenhum momento as colegas brancas se mostraram solidárias com as dificuldades sofridas pelas mulheres negras - e em algumas situações, até contribuíam para tornar a vida delas impossível.



 O racismo é abordado do princípio ao fim nesse filme e a mensagem mais poderosa que se lê nas entrelinhas, é que nem sempre, o racismo é notado pelo racista. Como quando a personagem loira de  Vivian Michael (kirsten Dunst) se desculpa com uma das meninas, Dorothy Vaughn (Octavia Spencer), e diz que " apesar do que você possa pensar, eu não tenho nada contra vocês", e a resposta de Dorothy vem como um soco na boca do estômago:  "Eu sei que provavelmente você acredita nisso".



Cara, se você tem o mínimo de senso crítico, é impossível essa resposta não revirar seu racismo subconsciente e subjetivo, aquele que você enterrou tão fundo que se nega a crer que existe. O racismo é um sentimento tão feio e abjeto que ninguém quer admitir que existe em si. Essa perplexidade fica evidente no rosto de todo departamento quando Katherine Johnson (Taraji P. Henson) explode no meio da repartição e expõe a humilhação sofrida diariamente. Provavelmente aquelas pessoas nunca haviam pensado no assunto até aquele momento. Às vezes, é preciso que as verdades sejam gritadas na nossa cara para que acordemos e nos posicionemos contra a injustiça e a opressão.



O filme é lindo, emocionante e real. Eu não consigo sequer imaginar o que tantas manas negras passaram e continuam passando, a minha realidade, a minha intersecionalidade e minhas lutas são outras. Às vezes as minhas lutas coincidem de ser as mesmas que a delas e é lindo quando acontece, porque é maravilhoso ver um gênero se unindo por um mesmo propósito, mas não ouso dizer que nossa dificuldade é similar. Eu quero fazer um mea culpa e pedir perdão às manas negras por muitas vezes não reconhecer o seu valor, e pior, chamar de vitimismo uma dor que não compreendo. Hoje, meus olhos se abriram,  e tudo graças a um filme. Só hoje eu entendi o intersecionalismo. Eu vou me calar sobre os temas que não são meus, mas quero aprender e sobretudo, quero apoiar vocês. 






sábado, 15 de abril de 2017

Uma homenagem à Priscilla Araújo

Esse mês completa um ano da morte da Priscilla Araújo, do Minha casa, Minha vida, e esse texto é uma homenagem à ela. Priscilla foi uma das primeiras blogueiras que segui, lá em 2010 e sempre foi uma inspiração para mim. Eu não a conhecia pessoalmente, mas é engraçado como a interação online pode ser tão intensa quanto a interação pessoal, principalmente nesse segmento dos blogs de decoração: afinal, você entra dentro da casa das pessoas!



A história dela era linda. Uma filha muito desejada por uma mãe estéril, que recebeu a promessa de que geraria e então nasceu Priscilla. Conheceu Alexandre, viveu uma história de amor que deu em casamento, e foi criando cada detalhe da casa em que o casal viveria. Uma mão abençoada que transformava em talento tudo o que tocava, seja em casa, nas festas da igreja ou na lojinha virtual. Priscilla era incansável! Pensava nos detalhes, via potencial onde ninguém mais enxergava e transformava tudo em beleza e harmonia.



Como era linda sua casa! Como era aconchegante, várias vezes eu senti vontade de tomar um café com ela naquele ambiente cheio de amor. E então, veio o maldito câncer. Ela dividiu com seus leitores toda a luta contra a doença com uma força e uma determinação invejáveis. Eu realmente achei que ela venceria, tamanha sua fé e ânsia em viver. Afinal, era apenas uma moça de trinta e poucos anos, recém casada, recém formada e cheia de sonhos e projetos. Mas a vida nem sempre segue uma lógica, e Priscilla se foi. E eu senti, muito. Tanto quanto sentiria se perdesse uma de minhas amigas pessoais.



Ainda me pego pensando nela cada vez que vejo essa estampa floral rosa e azul.



Ainda visito seu blog e por mais que já tenha visto tudo, ainda me impressiono e admiro tudo que ela fez. Penso nela a cada transformação que faço aqui em casa.



Oro por seu marido e seus pais, porque se eu que nunca a vi pessoalmente me sinto assim, imagino como deve ser sofrido para eles terem-na perdido.



Esse post é só uma homenagem e uma forma de dizer que nem sempre temos dimensão do quanto impactamos a vida das pessoas que nos cercam. A Pricilla me inspirou a entrar nesse mundinho dos PAP's e Diy que a gente ama e que no meu caso, acabou virando profissão. Me inspirou também a ser uma dona de casa melhor, a cuidar do meu lar com amor e capricho. Eu sinto falta dela, estou emocionada enquanto escrevo isso. Um dia, no outro lado, eu vou abraçá-la e lhe dizer tudo isso pessoalmente. E finalmente, vamos tomar aquele café.


terça-feira, 4 de abril de 2017

Ando sonhando com uma cozinha azul marinho...

Semana passada terminei de assistir a temporada mais recente de Grace and Frankie (ótima, recomendo) e cada vez que aparecia a cozinha azul marinho delas, eu suspirava... Que coisa mais linda, fora do basicão preto/branco/tabaco que estamos acostumados aqui no Brasil...



Não tenho como reformar minha cozinha agora, minha vontade é derrubar tudo por lá e recomeçar do zero, mas sempre posso apostar no extreme makeover feito por mim. Ando tentada a fazer algumas coisinhas inspirada nesse azul mais lindo da vida.




Então, esse post é só pra guardar algumas referências mesmo. Juro. hahaha

Azul marinho, branco e madeira é só amor.



E esse piso? E esse pisoooooo?


Um toque aqui, outro acolá....


E azulejo português pra apaixonar de vez



Estão guardadas aqui as imagens. Agora é por conta da imaginação....


sexta-feira, 31 de março de 2017

O que significa ser Mulher e fazer parte do Universo Feminino?


Mulher, universo feminino... Pra mim, tem soado como um lugar. Um lugar que, me sinto desembarcando só agora. Estava longe e, recebi um convite para adentrar, chegar.



Me sinto chegando em mim mesma. Não havia penetrado de forma consciente nesse universo, no entanto, creio que exista em mim, no silêncio da minha Alma um aprendizado e sabedorias sutis a respeito, que preciso tocar... Calmamente tocar.



Mas, há algo dentro dessa Alma Feminina que acolho em mim, e que posso compartilhar... Nunca gerei filhos de forma biológica; fisiologicamente não sou mãe! Porém, as vezes, sinto brotar de mim uma maternidade indescritível - Uma vontade de cuidar, de acolher e aconselhar, de trazer junto ao peito, de cantar pra dormir. E tudo isso, por pessoas grandes! (Risos). Descobri uma capacidade de maternar, que me levou a pensar que, ser mãe é sentimento. Não é sempre, nem contínuo esse sentir em mim, é como uma luz que se acende de vez em quando e se manifesta, ilumina. 



Foi bonito perceber isso aqui dentro... Nesse caminho, descobrirei Nesse caminho, descobrirei ainda muito, e agora que cheguei nesse lugar que sou, pretendo ficar até desvendar o mais escondido tesouro. 



Com Amor maternal, Jéssica Paula.

Jéssica Paula é um presente que o universo mandou para minha vida, ela vibra na mesma frequência que eu. Talentosa até não caber mais, tem uma página no Face onde expõe suas artes com a natureza.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Feminismo Libertário


A Linda da Raquel me convidou para escrever algo sobre a mulher, já que estamos no mês de comemoração. Pensei em várias coisas que eu poderia falar, mas nenhuma me brilhou os olhos e me trouxe inspiração como minha mais recente e última experiência pessoal.
Sempre me declarei feminista, busco me desconstruir, aprender mais sob a ótica de vida do outro e aconselhar minhas amigas ( as manas) a serem fortes e se sentirem bem consigo mesmo.



O feminismo nos ensina que não existe padrão, você pode ser quem você quiser de maneira que isso te faça crescer como ser humanos e te faça ser mais forte, solidária a sua companheira e livre para que não se importe com opiniões que não somam, apenas degradam. Sempre me vi dessa forma e busquei ser assim.



Recentemente vivia um relacionamento que infelizmente não deu certo e independente da minha vontade era a hora de seguir para que eu pudesse respeitar a vontade do outro. Como todo final de ciclo isso realmente me magoou muito e busquei defeitos em mim para que essa relação não vingasse. Me senti feia, humilhada e a última das mulheres, mesmo que as expectativas que eu tenha criado foram frutos da minha carência, não de uma falsa ilusão do outro. Percebi que mesmo sendo mulher a construção do feminismo é diária, é saber que somos especiais independente do julgamento e aprovação do outro.



Ser mais forte no trabalho, em casa, nas relações para mim é mais do que esconder meus sentimentos, é estar aberta sem medo para novas experiências sozinha ou acompanhada. É amar a minha dobrinha na barriga, meu cabelo amassado, meu jeito bravo e saber que tudo isso me compõe e se amanhã eu quiser mudar não será um problema, pois no feminismo não existem amarras e como seres humanos vivemos em constante mutação. 



Por isso no mês de Março eu celebro o fato de ser uma pessoa tão maravilhosa pra mim! Porque eu quero aprender a me amar antes de gostar do outro. Obrigada Rah por essa oportunidade de me abrir e assim me descobrir mais um pouco. Vc é linda amiga


Angélica



Angélica é minha amiga e uma daquelas pessoas que a gente ama de graça, sabe? Ela é linda, engraçada e dona de uma força interior que vi em poucas pessoas nessa terra.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Que sejam meninos, meu Deus, que sejam meninos!

Não tenho irmãs, tenho irmãos. 3 irmãos. E nunca gostei de boneca, mas ganhei algumas que deixei entulhada num canto qualquer da casa. Queria mesmo era uma bola, mas bola eu não podia ter, afinal, menina não brinca de bola - dizia minha mãe.


Meu sonho era ir para o campinho, jogar bola com os meninos, empinar pipa, chegar em casa ao final do dia, sorrir de bobeira com aquelas crianças, mas eu não podia, afinal, eu era menina.

Queriam que eu usasse batom - não gostava -, que eu me comportasse como uma lady, mocinha, eu só queria jogar bola e empinar pipa, sorrir de bobeira com aqueles meninos.


Aprendi a limpar, lavar, cozinhar, cuidar dos mais velhos, dos mais moços, desaprendi a brincar. Afundei-me nos livros, documentários, reflexões, indagava aos mais velhos sobre a fome, morte, pobreza, poluição. Queria ser missionária na África, nos lugares mais ermos desse mundo, desaprendi a brincar - queria mesmo era jogar bola com os meninos na rua.


Quando eu crescer - pensava - não quero ter filhos, mas se os tiver, meu Deus, que não sejam meninas, meninas sofrem muito, desde pequenas carregam um grande fardo nessa vida!


Que sejam meninos, meninos já nascem livres, podem sorrir de bobeira, podem brincar na rua, jogar bola, empinar pipa, vestem qualquer roupa, andam descalços, sem blusa, não temem assédio, estupro...

Que sejam meninos, meu Deus, que sejam meninos!




(Beatriz Pereira 08/03/2016)

Beatriz Pereira - ou simplesmente Bia - é uma amiga querida, poetisa, teóloga e dona de um coração doce e apaixonado pelo bem.              

sexta-feira, 17 de março de 2017

Quanto e quando nos sentimos realizadas?

Ser ou estar realizada é algo complexo para ser traduzido em algumas poucas linhas, todavia, a grosso modo, eu diria que se sentir realizado é olhar para o atual estágio de sua vida e sentir uma agradável sensação de estar no lugar e nas condições exatas que você gostaria.


O que não significa que alcançou ou viveu tudo que se planejou, significa estar com o coração grato por, naquele momento da vida, estar realizando algo que te preenche de tal forma que te faz sentir tão completa que você chega a dizer: Hoje sou uma realizada.

Em minha vida passei por vários momentos que me levaram a tal indagação. Nascida em lar evangélico, fui de tudo um pouco nas igrejas que passei (três para ser exata!). Acredito que contribui muito com a formação do caráter cristão de muitas crianças, jovens e adolescentes. Preguei em diversas igrejas e denominações e digo que – isso não por méritos próprios – que também edifiquei a vida de inúmeras pessoas.

Passei por uma incrível experiência missionária em Cabo Verde, um arquipélago localizado a cerca de 570 quilômetros da Costa Ocidental da África formado por 10 ilhas vulcânicas. Ali aprendi o dialeto, conheci pessoas maravilhosas falei da minha fé e saí de lá com a sensação de dever cumprido, ou seja, REALIZADA!

Aí você me pergunta: Onde ela quer chegar?!
Contando um pouco da minha trajetória quero exemplificar que hoje me sinto deveras realizada. No sentido mais amplo da palavra. Daqui em diante passo a contar o motivo.

Não sei exatamente quando começou, porém, desde minha adolescência me percebi apaixonada pelo universo da fotografia, desde então já participei de diversas oficinas workshops e cursos; recentemente – no ano passado para ser mais exata – conheci algumas pessoas envolvidas com filantropia e aos poucos me envolvi com a ações de três ONGs que realizam trabalhos em regiões carentes. Como não poderia ser diferente me tornei a fotógrafa voluntária dessas Organizações.

Já entrei em lugares que só conhecia de ver na TV. Lugares extremamente carentes, com total falta de estrutura ou saneamento básico, conheci pessoas que quase nada tinham e ainda assim tentava mover céus e terra para ajudar a quem tinha menos ainda.
Fotografei jovens, crianças e idosos. Conheci um pouco da estória dos voluntários, das pessoas que trabalham nas ONGs e conheci também a estória de algumas pessoas dos lugares onde fotografei.

Posso dizer que a gratidão que vejo nos olhos dos adultos e a enorme alegria escancarada nos rostinhos dos pequenos, me fazem sentir viva por estar naquele meio, por conseguir eternizar a emoção do momento com minhas lentes.

Posso dizer que hoje estou realizada. Realizada porque faço algo que sou avidamente apaixonada e por imortalizar emoções dos voluntários e das pessoas.Posso afirmar sem sombras de dúvidas que hoje minha fé é muito mais eficaz, trabalho ao lado de pessoas espíritas, católicas, enfim, pessoas humanas, acima de tudo, humanas pessoas. Isso me aproxima bem mais de Deus, me faz exercitar muito mais minha fé e contribui para eu ser uma pessoa bem melhor e realizada.

Agora quero compartilhar um pouco dos meus registros com vocês!        








                      

Noemia Oliveira é minha amiga, mulher do Lander, mãe de pets fofinhos, blogueira, fotógrafa, e dona de uma página incrível no Facebook.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Quem sabe se comunicar? Uma perspectiva feminina

A intenção aqui não é polemizar; é fazer-se entender; evocar a compreensão; chegar a um comum acordo; enfim, seja lá qual for a definição, a pretensão é chegar ao objetivo da solução de inúmeros problemas através da comunicação.

Já dizia o maior conselheiro de todos os tempos que há tempo de falar e tempo de calar (Ec. 3.7).

Há vários tipos de comunicação: verbal, escrita, através do olhar, pela mímica, musical, etc. Também há muitas ferramentas para isso: bilhetes, cartas, telegramas, telefonemas, redes sociais, etc.

Teoricamente, ”Comunicação é o ato de transmitir uma mensagem, informação ou idéia, recebendo outra como resposta”  (Fonte: Google). Pronto. Feito isto, não é preciso que se explique mais nada. Esta definição é plena.

Porém talvez tenha ficado alguma dúvida. Então lá vai: Comunicação não é só falar e o outro escutar. Isso porque nem sempre é assim que acontece.


Uma comunicação só é eficaz quando aquele que está falando, é ouvido. Certo? Errado!

Isso só se torna verdadeiro quando aquele que se comunica atinge o seu objetivo, que é fazer não somente que o outro o ouça, mas que também compreenda a mensagem que lhe foi entregue.

Muitas guerras teriam sido evitadas, muitos divórcios não teriam se consumado, muitos adolescentes não estariam nas drogas, muita coisa ruim poderia ter sido evitada, se simplesmente a comunicação tivesse sido eficiente.

Dados baseados em pesquisas científicas com o cérebro humano confirmam que as mulheres falam mais que os homens – falam, não significa que se comuniquem mais que eles. E os homens? Odeiam isso! É aí que entra a primeira falha na comunicação.

Pois o homem deveria sentir-se honrado quando sua mãe ou parceira tenta orientá-lo, ainda que seja de A a Z. Além da mulher ter essa necessidade biológica, ela também está exercendo uma função sentimental... sim, porque falar muito é um sinal de que ela se importa com ele!

Tudo bem que às vezes a mulher exagera, reconheço. O homem fica irritado, nervoso, ou faz um “bloqueio psicológico na entrada dos ouvidos”, impedindo qualquer tipo de diálogo. E o objetivo da comunicação se perde. É justamente neste ponto que está a segunda falha da comunicação: a mulher repete suas falas, na esperança de deixar bem frisado ou memorizado na mente do outro o que foi dito, e também na esperança de que o outro entendeu seu recado. E ele? Não dá o menor sinal que isso aconteceu.

Certa vez um professor disse que as mulheres confundem os homens por causa de suas muitas palavras.

Ela falha por falar demais. Ele falha por ouvir de menos.

Se tratando principalmente de relacionamento íntimo, é preciso encontrar o equilíbrio da comunicação. Que tal se o homem a interromper levantando a mão, ou dizer que já entendeu, ou repetir o que foi dito, ou partir a realizar o que está sendo solicitado (se for este o caso), ou interrompê-la com um beijinho na boca?

Uma boa tática também é pedir para repetir o que foi dito quantas vezes for necessário, pedir para ilustrar, dar algum tipo de exemplo; enfim, para se comunicar bem vale até pedir para que o outro tente falar tudo novamente, mas com outras palavras. Chegar à exaustão no alvo da compreensão também é válido para aprimoramento de uma boa comunicação, a fim de que haja um benefício mútuo.

Na verdade, todos precisam  mensurar o quanto vale nossos relacionamentos, seja pessoal, profissional, etc., e para isso, só há um caminho, o da comunicação.

Entendeu?   




 *Texto carinhosamente encaminhado por Adriana Condulo, mãe, esposa, profissional administrativa e por minha sorte, minha irmã.                                                                                                                                                                                                                                                                                                         

quarta-feira, 1 de março de 2017

Moana - uma história de sororidade




Moana é uma garota linda, vibrante e com a avidez por descobertas típica de uma adolescente normal. Ela mora em uma ilha paradisíaca, tem pais amorosos e uma comunidade acolhedora e unida. Desfruta do melhor que a natureza oferece, mas sente que falta algo em sua vida, uma compulsão por explorar, viajar, ir além de si mesma. Impossível não associar com o mito da caverna de Platão: para quem está na caverna, a caverna é tudo o que existe. Mas Moana sabia que podia ir além e ela queria isso. Quem nunca sonhou em ultrapassar aqueles limites que a sociedade, a família ou até você mesma fixou para si? 

O filme é encantador, mais uma vez a Disney nos presenteia com uma personagem fora do clichê convencional da princesa que tem por único objetivo na vida se casar com um príncipe. Mas o que realmente chamou minha atenção, foi a profunda mensagem sobre sororidade que é tema de fundo de toda a História de Moana. Sororidade é um termo que popularizou com o advento da exposição feminista que vem ocorrendo nos últimos anos e que significa união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum. Particularmente, eu amo essa palavra e seus sinônimos e tenho procurado viver por ela.

O primeiro exemplo dessa sororidade, é representado pela avó de Moana. Ela viu que a neta ansiava por mais e confiava na sua capacidade de conquistar seu objetivo. Desde cedo, foi o apoio e principal agente influenciadora de Moana. Foi dela a ordem "vai" que levou Moana de encontro ao seu destino. E mesmo depois que morreu, a avó de Moana continuou influenciando sua neta, "estarei sempre com você", remetendo à idéia que somos construídas também com a nossa ancestralidade. Somos a soma das mulheres que vieram antes de nós, carregamos no DNA sua força e sabedoria e podemos aprender com seus erros e acertos.

O segundo exemplo, é a mãe de Moana. Quando flagrou a filha arrumando sua mala para fugir em busca de si mesma, ela deu seu consentimento silencioso, apenas se retirando do caminho e deixando Moana livre para ir. Ela poderia ter chamado os guerreiros da tribo, avisado o pai da garota, porém, mais uma vez, o elo de empatia e cumplicidade foi mais forte. Quando deixou Moana livre para seguir seu próprio caminho, essa mãe entendeu que os filhos não precisam, necessariamente, trilhar o mesmo caminho dos pais.





Moana foi, e o resto é história. Com muita coragem e teimosia, foi vencendo os obstáculos pelo caminho, um a um. Interessante notar que os dois semi deuses que ela encontrou pelo caminho, Maui e Tamatoa, foram vencidos não pela força, mas pela esperteza. Coincidência ou não, os dois se apresentam na história como seres egoístas, vaidosos e absolutamente egocêntricos e Moana usa de suas próprias armas para derrotá-los.

E, por fim, a história atinge seu clímax quando Moana descobre que o monstro de lava Te Ka, é a versão ferida da deusa Te Fiti, que se transformou na criatura quando teve seu coração roubado por Maui. Te Fiti não era um monstro, ela só estava ferida. E o terrível monstro desaparece quando Moana devolve o coração ao seu peito, nos deliciando com a mensagem mais linda de todas: MULHER CURA MULHER.

SIM, manas, temos essa incrível habilidade. Só uma mulher compreende os caminhos do coração da outra, porque é a mesma estrada que todas trilhamos.

Somos conforto, nutrição, cuidado, acolhimento. A ordem certa, é primeiro para nós mesmas, depois para o próximo. Cientes dessa habilidade, usemos uma com as outras. Sejamos instrumentos de cura. Não alimentemos mitos que "mulher é fogo", "mulher compete e rivaliza umas com as outras", e pratiquemos a sororidade. Se colocar no lugar da outra, às vezes, é o melhor caminho para se chegar dentro de si.






sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Como fazer seu próprio sabonete líquido


Eu gosto muitíssimo de "meter a mão na massa" e fazer minhas próprias coisas, por isso, adorei essa receita facílima de sabonete líquido usando sabonete Dove. Ouvi dizer que com outra marca de sabonete não dá certo, mas não testei. Não inventa moda, compra logo Dove, já que está economizando com sabonete líquido. rsrs

Você vai precisar de um sabonete Dove na fragrância que escolher. Eu usei o Dove Go Fresh, da embalagem rosa.




Primeiro, rale o sabonete inteiro (e sinta a maravilhosa sensação de fadiga muscular). Coloque em uma panela com 400 ml de água e leve ao fogo baixo, mexendo sempre para derreter os gominhos. Quando tiver derretido tudo, vai ficar com uma consistência cremosa, desligue o fogo, deixe esfriar e coloque em recipiente para sabonete líquido.

Simples, fácil e muito eficaz.

Imagens do google.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Por um 2017 realmente feliz

Eu tenho um pequeno ritual para abençoar minha casa, que me enche de alegria e reforça minha fé sempre que o pratico. É muito simples, cada vez que vou fazer faxina, pego um espanador e começo pela porta da frente, e a cada espanada vou repetindo "na minha casa, só entra amor e luz, na minha casa mora Jesus". Não repito mecanicamente, mas acredito em cada palavra que sai da minha boca, e a cada repetição, vai se tornando mais e mais verdade.

Acredito no poder das palavras e na frequência de uma boa vibração. Energia atrai energia, e se você vibrar positivamente, amorosamente e com o coração grato, as coisas boas te alcançarão, porque serão atraídas a você.

Nesse 2017, seja um imã do bem. Atraia o que for paz e alimento para sua alma. Se cerque de positividade, se afaste de pessoas e situações negativas. A sua realidade pode ser alterada, mas somente você pode fazer isso.

É tudo simples assim. Basta um desejo, uma atitude e a vida te coloca na direção certa, como dizia o nosso maluco favorito: "basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo". (Raul Seixas).

Para esse ano, não fiz metas, porque EU sou a meta. Quero me transformar na pessoa que sei que posso ser. Para reforçar esse compromisso, estou seguindo o propósito do Inspire Leveza, de uma afirmação positiva por dia.  Seja positivo, veja tudo de bom que existe em você e na sua vida. Você se surpreenderá! Vem comigo?

Um excelente ano novo para nós!