O que não significa que alcançou ou viveu tudo que se
planejou, significa estar com o coração grato por, naquele momento da vida, estar
realizando algo que te preenche de tal forma que te faz sentir tão completa que
você chega a dizer: Hoje sou uma realizada.
Em minha vida passei por vários momentos que me levaram a tal
indagação. Nascida em lar evangélico, fui de tudo um pouco nas igrejas que
passei (três para ser exata!). Acredito que contribui muito com a formação do
caráter cristão de muitas crianças, jovens e adolescentes. Preguei em diversas
igrejas e denominações e digo que – isso não por méritos próprios – que também
edifiquei a vida de inúmeras pessoas.
Passei por uma incrível experiência missionária em Cabo
Verde, um arquipélago localizado a cerca de 570 quilômetros da Costa Ocidental
da África formado por 10 ilhas vulcânicas. Ali aprendi o dialeto, conheci
pessoas maravilhosas falei da minha fé e saí de lá com a sensação de dever
cumprido, ou seja, REALIZADA!
Aí você me pergunta: Onde ela quer chegar?!
Contando um pouco da minha trajetória quero exemplificar que
hoje me sinto deveras realizada. No sentido mais amplo da palavra. Daqui em diante passo a contar o motivo.
Não sei exatamente quando começou, porém, desde minha adolescência
me percebi apaixonada pelo universo da fotografia, desde então já participei de
diversas oficinas workshops e cursos; recentemente – no ano passado para ser
mais exata – conheci algumas pessoas envolvidas com filantropia e aos poucos me
envolvi com a ações de três ONGs que realizam trabalhos em regiões carentes.
Como não poderia ser diferente me tornei a fotógrafa voluntária dessas
Organizações.
Já entrei em lugares que só conhecia de ver na TV. Lugares
extremamente carentes, com total falta de estrutura ou saneamento básico,
conheci pessoas que quase nada tinham e ainda assim tentava mover céus e terra
para ajudar a quem tinha menos ainda.
Fotografei jovens, crianças e idosos. Conheci um pouco da
estória dos voluntários, das pessoas que trabalham nas ONGs e conheci também a
estória de algumas pessoas dos lugares onde fotografei.
Posso dizer que a gratidão que vejo nos olhos dos adultos e a
enorme alegria escancarada nos rostinhos dos pequenos, me fazem sentir viva por
estar naquele meio, por conseguir eternizar a emoção do momento com minhas
lentes.
Posso dizer que hoje estou realizada. Realizada porque faço
algo que sou avidamente apaixonada e por imortalizar emoções dos voluntários e
das pessoas.Posso afirmar sem sombras de dúvidas que hoje minha fé é
muito mais eficaz, trabalho ao lado de pessoas espíritas, católicas, enfim,
pessoas humanas, acima de tudo, humanas pessoas. Isso me aproxima bem mais de Deus, me faz exercitar muito
mais minha fé e contribui para eu ser uma pessoa bem melhor e realizada.
Noemia Oliveira é minha amiga, mulher do Lander, mãe de pets fofinhos, blogueira, fotógrafa, e dona de uma página incrível no Facebook.
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