Na terça feira eu assisti Alabama Monroe, um dos indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro 2014. Desde os primeiros cinco minutos percebi que estava diante de uma obra diferenciada e conforme o filme foi passando, cresceu minha indignação pelo Oscar de melhor filme estrangeiro ter ido para o sem pé nem cabeça filme italiano "A Grande Beleza". Como pode, gente? Aliás, as grandes decepções do Oscar é tema para post, vou escrever sobre isso depois. Desculpa ae o desabafo! hahaha
Ficha Técnica
Título no Brasil: Alabama Monroe
Lançamento: Janeiro de 2014
Gênero: Drama
Nacionalidade: Bélgica
Atores: Johan Heldenbergh, Veerle Baetens
Direção: Felix Van Groeningen
Sinopse: Um casal de personalidades bem diferentes se apaixona à primeira vista e tem uma filha. Integram uma banda de bluegrass, ele é um músico ateu e ela é uma tatuadora que acredita em Deus. Quando a filha do casal fica gravemente doente, a visão de mundo dos dois é confrontada.
O filme lida com a questão da dor e como cada pessoa reage a ela, com suas crenças pessoais. Apesar de o tema central ser "dor", não é um filme pesado ou melodramático, muito desse mérito dado à interpretação verdadeira e sensível dos atores, e de uma direção genial, que alterna entre cenas de extrema angústia para cenas alegres, ambas pinceladas com uma trilha sonora de primeira, o bom, velho e americaníssimo Bluegrass. Aliás, o encantamento com os EUA fica claro nas falas do personagen Didier, que acredita na máxima da "terra das oportunidades e dos sonhadores", mas que acaba se deparando com o fundamentalismo opressor do governo Bush e consequentemente, o atraso nas pesquisas científicas, que poderiam melhorar a condição de saúde de sua filha.
Eu, que sou manteiga derretida (somente para filmes e livros), derrubei lágrimas várias vezes durante o filme, totalmente tocada pela beleza das cenas. O relacionamento homem/mulher foi explorado com maestria, mostrando desde o auge da paixão inicial até o momento de adversidade e como esta altera a dinâmica do casal. Diante da fatalidade culpar o outro parece ser a solução, na tentativa de encontrar uma resposta para o que não tem explicação. Foge daquele clichê de que histórias de amor são envoltas em névoas de felicidade eterna.
Enfim, ótimo filme. Trata de grandes temas como fé, amor, morte e ciência de forma consciente, delicada e muito comprometida com a realidade. Expõe os dois lados da moeda, sem agredir ou denegrir.
Abaixo, uma palhinha de uma das músicas, infelizmente não consegui com legenda.
Trailer aqui
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