sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Alabama Monroe - Filmaço belga

Na terça feira eu assisti Alabama Monroe, um dos indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro 2014. Desde os primeiros cinco minutos percebi que estava diante de uma obra diferenciada e conforme o filme foi passando, cresceu minha indignação pelo Oscar de melhor filme estrangeiro ter ido para o sem pé nem cabeça filme italiano "A Grande Beleza". Como pode, gente? Aliás, as grandes decepções do Oscar é tema para post, vou escrever sobre isso depois. Desculpa ae o desabafo! hahaha





Ficha Técnica

Título no Brasil: Alabama Monroe
Lançamento: Janeiro de 2014
Gênero: Drama
Nacionalidade: Bélgica
Atores: Johan Heldenbergh, Veerle Baetens
Direção: Felix Van Groeningen

Sinopse: Um casal de personalidades bem diferentes se apaixona à primeira vista e tem uma filha. Integram uma banda de bluegrass, ele é um músico ateu e ela é uma tatuadora que acredita em Deus. Quando a filha do casal fica gravemente doente, a visão de mundo dos dois é confrontada.




O filme lida com a questão da dor e como cada pessoa reage a ela, com suas crenças pessoais. Apesar de o tema central ser "dor", não é um filme pesado ou melodramático, muito desse mérito dado à interpretação verdadeira e sensível dos atores, e de uma direção genial, que alterna entre cenas de extrema angústia para cenas alegres, ambas pinceladas com uma trilha sonora de primeira, o bom, velho e americaníssimo Bluegrass.  Aliás, o encantamento com os EUA fica claro nas falas do personagen Didier, que acredita na máxima da "terra das oportunidades e dos sonhadores", mas que acaba se deparando com o fundamentalismo opressor do governo Bush e consequentemente, o atraso nas pesquisas científicas, que poderiam melhorar a condição de saúde de sua filha.




Eu, que sou manteiga derretida (somente para filmes e livros), derrubei lágrimas várias vezes durante o filme, totalmente tocada pela beleza das cenas. O relacionamento homem/mulher foi explorado com maestria, mostrando desde o auge da paixão inicial até o momento de adversidade e como esta altera a dinâmica do casal. Diante da fatalidade culpar o outro parece ser a solução, na tentativa de encontrar uma resposta para o que não tem explicação. Foge daquele clichê de que histórias de amor são envoltas em névoas de felicidade eterna.



Enfim, ótimo filme. Trata de grandes temas como fé, amor, morte e ciência de forma consciente, delicada e muito comprometida com a realidade. Expõe os dois lados da moeda, sem agredir ou denegrir. 

Abaixo, uma palhinha de uma das músicas, infelizmente não consegui com legenda.





Trailer aqui

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