Reese Witherspoon interpreta uma jovem mulher que, tendo chegado ao fundo do poço após a morte da sua mãe e um divórcio sofrido, decide fazer uma trilha de 4.200 Km pela costa oeste dos Estados Unidos, no filme em que concorreu ao Oscar de melhor atriz. O filme é baseado em uma biografia, o livro "Livre - A Jornada de Uma Mulher em Busca do Recomeço", de Cheryl Strayed.
Pessoalmente, achei o filme um retrato da coragem feminina. O tal do sexo frágil, vem dotado de uma capacidade incrível de se reinventar. Não tenho a intenção de fazer um discurso feminista, apenas quero sublinhar essa força interior camuflada de fragilidade que só quem é mulher consegue entender. Esse texto, é um afago à todas mulheres, principalmente àquelas que não conseguem acreditar em si.
Cheryl Strayed conseguiu colocar tudo à perder em sua vida. Tinha um casamento bacana, que foi destruído com suas inúmeras traições. Caiu em um abismo profundo ao evoluir de uma droga à outra, culminando até às injetáveis. Perdeu o emprego, a reputação e o amor próprio. Tinha tudo para ser uma derrotada, mas não foi. E nos ensinou algumas grandes lições:
1. Não transforme o luto em sua própria sepultura. A pior coisa que pode acontecer com alguém é perder quem se ama, seja para a morte, seja uma separação dolorosa. No processo do luto, há aqueles que se deixam morrer em vida. O luto deve ser sentido sim, em todas as suas fases, até para que haja cura, mas não pode durar para sempre e nem te consumir. Que a morte não seja nunca um ponto final, mas uma vírgula. Perder alguém não pode ser pretexto para perder também a SUA vida.
2. Faça algo que nunca fez. Nós, humanos, precisamos de certa rotina para nos sentirmos seguros e confortáveis. Quando essa rotina é alterada é natural nos sentirmos confusos e desorientados. A boa notícia é que uma turbulência também pode ser o ponto de partida para uma transformação permanente. No caso da Cheryl, ela decidiu percorrer uma trilha para se encontrar, uma forma de testar seus limites, medos e criar um marco para sua nova vida. A mulher que entrou na trilha era uma, a que saiu, saiu outra. Ouse fazer algo que nunca fez antes e encare como um desafio pessoal. Além das experiências que você adquirirá no processo, ainda haverá o bônus de realização pessoal, o que contribuirá para sua auto confiança e auto estima.
3. Esteja disposta a recomeçar. Perceba quando um ciclo chegou ao fim e não tenha medo de recomeçar. Aprenda a encerrar histórias para se permitir reinícios, não deixe nada inacabado. Não existe um limite de reinícios, reinicie sempre que for necessário. Os erros e decepções das experiências anteriores, servirão apenas de lembretes de onde você já esteve e impulso para te levar onde você deseja chegar. Não existe fundo de poço para quem sabe escalar!
Essas foram as três grandes lições que aprendi com a Cheryl. Espero, de coração, que todas nós tenhamos essa porção "Cheryl" dentro de nós. Os nossos erros não podem ser maiores que nosso desejo de acertar, nem delimitadores da nossa história. Somos assim, força e fragilidade, flores de aço em campos de cascalho. Somos mulheres, somos LIVRES!
Imagens: Google
Essas foram as três grandes lições que aprendi com a Cheryl. Espero, de coração, que todas nós tenhamos essa porção "Cheryl" dentro de nós. Os nossos erros não podem ser maiores que nosso desejo de acertar, nem delimitadores da nossa história. Somos assim, força e fragilidade, flores de aço em campos de cascalho. Somos mulheres, somos LIVRES!
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