Além de Mário Quintana, impeço a entrada de qualquer pessoa em minha solidão.
O lugar me pertence, decorei as paredes com memórias, forrei o teto com poesias.
Cerrei as janelas, acabei com o barulho exterior para poder me ouvir.
De olhos fechados enxergo melhor.
Bem lá dentro, eu sou!
Tal reconhecimento me assombra e me completa.
Não sou minhas memórias, não sou meu conhecimento, não sou minha moral. São apenas adornos.
Sou a pena na mão do Escritor, faço parte de uma linha na história do seu livro.
Não conheço o final, mas desconfio que sou uma história sem fim.
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